Endechas a Nigella (Tomo II)

(E picou-se a besta...)

(Tu pediste...)

Por isso que dizes, amigo
Ganho ideias a trote
Fico logo desertinho
Sem réstia de juizinho
P'ra lhe dar com o barrote...

Bem a vejo na cozinha
Faz comidas alvarengas
Em tal conduta tão pura
Não me sai é da cornadura
Aviar-lh'as partes fodengas...

(Veio de lá o outro, picado...)

Sem Português tão escorreito
E muito menos escanchático
Bem que me vinha naquele peito
P'ra ser bem fica mais prático!

(Ui, agora é que foi...)

Que belas palavras escreves
Ah, que tesão iniciática
Nessas ideias me revejo
E espetava-lhe sem nenhum pejo
Uma grande foda escanchática...

(E ainda te digo mais...)

E não penses que darei
A questão por concluída
Era o bom e o bonito
Eu de roda daquele pito
Havia de ficar bem fodida!

E vou mesmo abrir o livro
Qu'entre coentros e rabanetes
Havia de ser boa pratada
Com ela já toda assada
De fodas, broches e minetes!!!

(Diz o outro animal...)

P'ra isto 'tás sempre pronto
E te não falta imaginação
Vê lá se p'ra trabalhares
Não te falta a atenção...

E caso não te falhe nada
Então podes voltar a esse governo
De mandar bocas à Nigella
E babares-te p'ra'quele mamedo!

Em boa verdade te digo
Que a minha vontade agora
É de a ver ali comigo
A foder a toda a hora!

(E nem pensem que parou por aqui...)

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